segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um microchip após as refeições

Créditos ao Blog Informação Incorrecta

Todos conhecemos a Novartis: é a empresa farmacêutica que com "generosidade" trata da saúde da maior parte dos seres humanos.
Os que têm o dinheiro para adquirir os seus medicamentos, claro.

Voltaren, Maalox, Ritalin são só alguns dos seus produtos e a Novartis poderia viver descansada, após ter envene...desculpem, curado tantas pessoas. Mas a verdade é que a sociedade suíça deseja ir além.

Como? Por exemplo: que tal fazer engolir um chip aos pacientes?

Smart Pills

A ideia é boa: criar uma smart pill, um comprimido inteligente, que uma vez engolido possa transmitir ao médico as informações "em directo" acerca do estado de saúde da doente.
E para criar uma destas smart pills é suficiente inserir um microchip no interior dum normal stupid pill (isso é, os comprimidos que costumamos tomar).

O plano da Novartis é de implementar esta novidades nos fármacos anti-rejeição utilizados após os transplantes, para depois expandir o negoc...desculpem, a cura com outros tipos de medicamentos.

O que pode haver de mal em tudo isso?
O site NaturalNews avança com algumas dúvidas.

Primeira dúvida: faz bem engolir um microchip?



A Novartis já deixou claro que não entende avançar com experimentos.
Agência Reuters:
A Novartis não espera ter que realizar grandes ensaios clínicos para provar o trabalho dos novos produtos. Em vez disso, pretende fazer o teste chamado de bio-equivalência para mostrar que são iguais ao original .
Bio-equivalência?
Vamos ver o que diz Wikipedia:
Na farmacocinética, bioequivalência é um termo utilizado para avaliar a equivalência biológica esperada in vivo de duas preparações diferentes de um medicamento. Se dois medicamentos são ditos ser bioequivalentes, isso significa que se espera que eles sejam, para todas as intenções e propostas, iguais.

"esperada", "se espera"...não seria melhor esperar menos e experimentar mais? Porque um microchip, para poder funcionar, precisa duma fonte de energia: por isso ou um acumulador ou um condensador. Que, actualmente, contêm metais tóxicos e que nunca deveriam ser ingeridos.

Privacy interior

Que tipo de sinal será utilizado?
Para o médico receber os dados, estes terão que ser transmitidos de alguma forma.
Encriptados? Muito difícil, pois isso requer uma ulterior fonte de energia e não podemos engolir uma Duracell para fazer funcionar o microchip.

Por isso, sinal aberto, que pode ser captado nas nossas redondezas.

Um pouco de ficção científica? Porquê não?
O leitor acaba de entrar numa farmácia, dirige-se ao balcão, e antes que possa abrir boca a farmacêutica pergunta:

- Deseja outra caixa?
- Desculpe?
- Outra caixa de Exetor.
- Como é que...?
- Que sei? É graças ao scanner que temos na entrada: detecta todos os microchip engolido pelo senhor.
- Ah...
- A propósito: hoje ainda não tomou a sua dose de Tegremoz, não é? Na ficha que a Novartis disponibilizou no meu ecrã consta que o senhor tem que tomar um comprimido depois do pequeno almoço.
- Sim, de facto...
- Muito bem, então uma caixa de Exetor e uma de Tegremoz. Deseja mais alguma coisa?
- Sim...eu queria um calmante.
- Com certeza. Qual versão? Com antena satelitar ou wi-fi?

E isso numa farmácia. Com um pouco de imaginação é possível encontrar muitas outras aplicações, menos simpáticas também.

Tomou o comprimido?

Quantas vezes o leitor esqueceu de tomar um comprimido? Não tem vergonha? Sabe quanto biliões as casas farmacêuticas perdem a cada ano por causa disso?

Mas o microchip pode ser a solução.
Não tomou um comprimido? Basta um sms ou uma mail. E não será difícil vender isso como uma nova tecnologia que ajuda os pacientes (pensem nas pessoas idosas, por exemplo).

Verdade, há medicamentos que às vezes são retirados do mercado porque nocivos; outros que são inúteis. Outros ainda que são fruto dum diagnostico errado.
Mas cedo ou tarde todos temos que morrer. E o que importa é que as casas farmacêuticas podem ganhar com isso.

O trabalho...

E que tal perder um trabalho por causa dum comprimido?

Afinal os "patrões" mergulham nos custos, porquê não utilizar um scanner na altura da entrevista para melhor avaliar um candidato?
Qual a escolha entre um candidato que engoliu 3 comprimidos e um que não tomou nada?

Para concluir

Não é bom ser contra o que é novidade por princípio ou por medo, e como observado, a ideia pode não ser má. Aliás, não é difícil imaginar aplicações com reflexos positivos.
Mas os exemplos acima reportados, por quanto banais, põem perguntas que por enquanto ficam ser resposta.

Já a ideia de passear com um chip no estômago pode não ser aliciante. Saber que este chip transmite os dados acerca da nossa saúde é ainda menos simpático. Mas pensar que alguém possa desfrutar estes dados para criar um enorme database para fins ilícitos é ainda mais preocupante.

E deixar tudo isso nas mãos duma empresa como a Novartis é como entregar as chaves de casa aos ladrões.

Nenhum comentário: