Em junho de 1995, Kris Chmiel, de 30 anos, não tinha sintoma algum de AIDS quando seus médicos em Denver diagnosticaram queera soropositiva, após um teste para gestantes obrigatório no Colorado. Ela fez o teste apenas para cumprir a exigência da lei, que obriga as gestantes a fazerem o teste do HIV. “Eu estava ótima”, ela explica. “Não havia razão alguma para pensar que tinha AIDS ou o HIV. O único motivo de eu ter feito o teste foi o Colorado ter acabado de aprovar uma lei obrigando todas as mulheres grávidas a passarem pelo teste.” Ela ainda não apresentava nenhum sintoma de AIDS quatro meses mais tarde, em novembro de 1995, quando os médicos a convenceram a começar um ritual que seria para a vida toda: consumir 100 mg de AZT cinco vezes ao dia.
Kris também não apresentou sintomas de AIDS durante os outros cinco meses de gravidez, enquanto tomava o AZT. Mas, cinco meses mais tarde, em outubro de 1996 — após dez meses de terapia com AZT — começou a desenvolver muitos problemas crônicos: diarréia, náusea, cansaço, febre, sintomas de gripe e suores noturnos. “Eu me sentia como se tivesse uma terrível gripe que não ia embora”, ela lembra. “E tinha uma infecção atrás da outra”. Na consulta seguinte, depois de estar doente durante um mês, os médicos responsabilizaram o HIV por tudo.
“Disseram que o HIV tinha se transformado numa forma resistente ao AZT”, lembra Kris. De acordo com eles, estava com AIDS. Então decidiram acrescentar à terapia um outro antivirótico — o 3TC. Seus problemas relacionados com AIDS pioraram imediatamente. E não era para menos. Todos os análogos nucleosídeos bloqueiam não só o DNA do retrovírus, como também o DNA humano. Assim, eles matam células imunológicas, glóbulos vermelhos, o revestimento do trato digestivo, células fetais e o mitocôndrio — as “fábricas” no interior das células que produzem energia. Kris continuou tomando os medicamentos, porque supostamente suprimiam o que ela achava ser a causa do seu maior problema: o HIV. Nunca chegou a pensar que a causa da AIDS poderiam ser os medicamentos e não o HIV.
Os medicamentos acabaram em dezembro de 1996, mais ou menos dois meses após o início dos sintomas (aos 12 meses de terapia com AZT). “Não renovei as receitas”, ela conta. “Minha pele estava ficando amarela. Eu sabia que isso era dos medicamentos. Meu pai teve icterícia antes de morrer por falência do fígado, provocada pela medicação para o coração. Portanto, eu sabia como era a icterícia e sabia que medicamentos para salvar de um problema podem matar destruindo o fígado”.
Como os medicamentos não estavam melhorando os problemas da AIDS, Kris achou melhor desistir de tomá-los e ter só AIDS em vez de AIDS e icterícia.
Mas o impossível aconteceu. “Comecei a me sentir melhor quase que imediatamente. Em poucos dias, tinha mais energia. Parei de sentir enjôo. Em janeiro de 1997, todos os sintomas desapareceram. E não fiquei mais doente desde então”. Isso foi há um ano e meio. “Acho que nunca tive problemas por causa do HIV”, diz ela a respeito dos sintomas que os médicos diagnosticaram como AIDS. “Acho que tive envenenamento por AZT. Não acredito mais que o HIV provoque AIDS ou qualquer outra coisa”.
Kris levou apenas 10 meses para desenvolver “AIDS” generalizada enquanto tomava AZT. Como a “AIDS” desapareceu dias após o término dessa terapia e Kris permaneceu saudável durante o ano e meio em que não tomou medicamentos “anti-HIV”, seu caso confirma a visão de que a AIDS resulta da ingestão de medicamentos e não de uma infecção pelo HIV.
Sua filha Raquel foi testada com seis semanas e aos seis meses de vida; em ambas ocasiões, o resultado foi negativo. Raquel nasceu sem sintomas de AIDS e continua bem até hoje. Kris não seguiu a prescrição de dar AZT líquido e Septrim ao bebê. “Parei de dar depois de 3 dias”, diz. “Não me senti bem fazendo aquilo. Fico feliz por Raquel não ter morrido por causa do AZT que tomei durante a gravidez. Os médicos querem fazer novos testes, mas eu não me importo mais com o HIV. Não estou preocupada em saber como está o seu HIV. Estou apenas preocupada com possíveis efeitos tardios do AZT com que ela foi envenenada enquanto eu estava grávida”.
Apesar de Raquel nunca ter tido sintomas de AIDS, nasceu com megalocefalia. “Está na faixa dos 120%”, diz Kris.
Tomando uma atitude
Kris Chmiel tornou-se um membro ativo do grupo HEAL(1) de Denver e lidera a ação que a rede impetrou para anular o teste obrigatório de HIV para as gestantes do Colorado. “Os médicos me assustaram e me convenceram a tomar o AZT dizendo que ele diminuía pela metade a probabilidade de que meu bebê nascesse soropositivo”, explica. “Mas isso só acontece ao custo de envenenar com AZT todas as crianças de mães soropositivas. Mesmo que o HIV causasse a AIDS, isso não faz sentido. Li num estudo (Kumar, Journal of AIDS 7:1034, 1994) que 23% de 104 grávidas que tomavam AZT tiveram abortos espontâneos, precisaram de abortos terapêuticos ou tiveram crianças com defeitos congênitos, como a minha”.
Kris está zangada com o zelo com que os médicos empurram o AZT e outros medicamentos “anti-HIV”, altamente tóxicos, para seus pacientes soropositivos. Em reuniões públicas, ela informa sobre a toxicidade do AZT e de outros medicamentos que provocam sintomas de AIDS; ela informa sobre a natureza inofensiva do HIV e o caráter não-infeccioso da maioria dos problemas relacionados à AIDS.
Kris acha que ninguém devia fazer testes para o HIV. “Os médicos querem testar Raquel mais uma vez. Os testes com 6 semanas e 6 meses foram negativos. Dizem que não podem estar seguros até os 18 meses, que é sua idade atual. Deixei que testassem antes de saber o que sei hoje. Agora, não vou mais ser tão boba! Não vou deixar eles porem a mão em Raquel outra vez”.
1. HEAL (Health Education AIDS Liaison) é uma rede internacional de grupos independentes que contestam a visão oficial da AIDS e a validade dos testes e das terapias. Para obter informações, escreva para: 11684 Ventura Boulevard Studio City, CA 91604 ou ligue para tel.: (001 213) 896-8260 ou use o E-mail chrism@cogent.net
Fonte: Revista Reappraising AIDS, julho 1998
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