sexta-feira, 7 de novembro de 2008

General Motors alerta que poderá não ter dinheiro para durar até ao fim do ano



A fabricante automóvel norte-americana General Motors (GM), que se encontra à procura de
auxílio federal para evitar o colapso, anunciou hoje que poderá não ter liquidez suficiente para manter as suas operações até ao fim de 2008, e que irá ter "significativamente menos" do que o montante necessário até ao fim de Junho, a menos que o mercado automóvel melhore ou que a empresa obtenha mais capital.

Pedro Duarte

Segundo um comunicado hoje emitido pela GM, citado pela agência Bloomberg, a empresa registou no terceiro trimestre do ano um prejuízo operacional de 4,2 mil milhões de dólares (3,29 mil milhões de euros) e revelou que o seu dinheiro disponível recuou para os 16,2 mil milhões de dólares (12,7 mil milhões de euros) no final de Setembro, tendo suspendido as negociações que tinham em vista a fusão com a sua rival Chrysler.

A empresa adiantou que o uso de 6,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros) no trimestre passado colocou as suas reservas bastante próximas do mínimo de 11 mil milhões de dólares (8,62 mil milhões de euros) que a empresa diz que necessita para pagar as suas contas.

"A GM está a fazer um pedido bastante directo para receber ajuda. A mensagem é: 'fizemos tudo o que podíamos, e precisamos de auxílio. E se não o obtivermos, preencham o vazio'", explicou à Bloomberg um analista da Morgan Keegan.

Os peritos notam que a quebra da liquidez da GM reflecte a pressão sobre a empresa da quebra das suas vendas nos Estados Unidos, que caíram 21% no terceiro trimestre do ano, devido ao agravar da crise de crédito.

Ontem, o CEO da empresa, Rick Wagoner, bem como os líderes das suas congéneres Ford Motor e da Chrysler encontraram-se com os líderes do Congresso norte-americano, de modo a obterem mais 50 mil milhões de dólares (39,2 mil milhões de euros) em ajudas estatais, disse à Bloomberg uma fonte familiar com a proposta.

Às 17h28, as acções da GM caíam 14% para os 4,13 dólares na Bolsa de Nova Iorque, acumulando assim uma queda próxima dos 90% só este ano.

FONTE: O Diário Econômico

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