terça-feira, 7 de outubro de 2008

Terremotos matam mais de cem na Ásia

Terremotos ocorridos entre ontem (5) e esta segunda-feira mataram mais de cem pessoas na Ásia e deixaram localidades destruídas. Para especialistas, não há indícios de que ambos os fenômenos estejam ligados.

O primeiro terremoto aconteceu às 15h ontem (12h no horário de Brasília), no Quirguistão, e atingiu 6,6 graus na escala Richter. Uma localidade remota, Nura, situada na fronteira entre o Quirguistão e o Tadjiquistão, foi a mais atingida.

Segundo o Ministério da Saúde, Nura está totalmente destruída, e o resgate das vítimas é difícil porque não há comunicação via telefone. "O que vimos é terrível, a vila de Nura está completamente destruída, 100%", disse o ministro Kamchybek Tashiyev.

No total, ainda conforme o Ministério da Saúde, ao menos 72 pessoas morreram, sendo 30 crianças, 11 estudantes, 19 adultos e 12 idosos. Helicópteros transportam os feridos para a cidade mais próxima, Osh. Os feridos somam mais de 110. "Muitos têm ferimentos múltiplos, membros quebrados ou estão emocionalmente abalados", informou o ministério.

Pouco depois da 0h (21h no horário de Brasília), um novo terremoto --de 5,7 graus na escala Richter-- atingiu uma área mais próxima da fronteira com a China. Quatro casas desabaram e outras 200 sofreram danos, ainda de acordo com a Xinhua.

Nesta segunda-feira, mais dois tremores atingiram o Tibete. Um, de 6,3 graus na escala Richter, ocorreu às 16h30 (5h30 de Brasília) e teve epicentro cerca de 80 km a oeste de Lhasa. Outro, de 5,1 graus na escala Richter, aconteceu cerca de 15 minutos depois do primeiro, e teve epicentro cerca de 60 km a oeste de Lhasa. Ao menos 30 morreram.

Conforme o governo, as mortes ocorreram principalmente na cidade de Gedar, no Condado de Damxung, onde centenas de imóveis desabaram. "Pessoas continuam soterradas entre os escombros", disse uma autoridade local. Soldados e médicos percorrem a área em busca de vítimas. Houve mortes também em uma comunidade vizinha.

O aeroporto de Lhasa e a rodovia Qinghai-Tibet continuam funcionando, informou a Xinhua. Em Lhasa, o tremor foi sentido, mas não houve danos visíveis. Não chegou a haver pânico, e o comércio permaneceu aberto.

Sem relação

Brian Baptie, sismóloga do Centro Geológico Britânico, baseado em Edimburgo, na Escócia, afirmou à Associated Press que duvida de uma conexão entre os terremotos do Tibete e do Quirguistão. "Pode haver tremores que provocam outros, mas isso costuma ocorrer quando os fenômenos são próximos, em um raio de algumas centenas de quilômetros."

O epicentro do terremoto do Quirguistão fica a cerca de 2.000 km do epicentro do tremor ocorrido no Tibete.

Evgeny Rogozhin, especialista do Instituto de Geologia da Academia de Ciências da Rússia, também não quis estabelecer conexão entre os tremores do Tibete e do Quirguistão.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u453035.shtml

Um comentário:

Anônimo disse...

Háveria a possibilidade destes terremotos terem sidos causados por um tipo de arma.

Por exemplo uma arma americana ou de tecnoloia similar.