Nova York, 2 abr (EFE).- O executivo-chefe do Bank of America, Ken Lewis, acredita que a economia americana chegará ao fundo do poço durante o segundo semestre deste ano, que "será duro para todas as instituições financeiras", e que o país começará a se "recuperar" no começo de 2010.
"Quando alguém observa sinais mistos (sobre a evolução da economia), quer dizer que o fundo está perto", afirmou hoje Lewis em entrevista concedida à rede de televisão "CNBC", à qual assegurou que, daqui a um ano, "estaremos saindo desta".
O executivo-chefe do Bank of America destacou que os dados de venda de imóveis nos Estados Unidos estão começando a melhorar e que os de comercialização de veículos não estão sendo tão ruins como se previa.
Em sua opinião, os problemas econômicos atuais começam a ficar mais parecidos com uma "típica recessão" do que com "uma queda livre".
Em relação à delicada situação da entidade que dirige, disse confiar em que o Governo americano não pedirá que aumente ainda mais seu capital e que o banco seguirá trabalhando com seus clientes para evitar novas execuções hipotecárias.
"Não convém a ninguém as execuções. São ruins para todo o mundo e particularmente devastadoras para as comunidades", explicou Lewis.
Ele acrescentou que "anseia" em devolver o mais rápido possível parte dos fundos que o Governo injetou em seu capital para que este possa sanear suas contas.
Além disso, admitiu que foi um "erro" aceitar US$ 20 bilhões em fundos públicos, enquanto o banco fechava a polêmica aquisição do Merrill Lynch e após já ter recebido US$ 25 bilhões.
O diretor quis esclarecer durante a entrevista que não aceitou a segunda injeção de capital público só para financiar a aquisição de Merrill Lynch, mas também para proteger o banco de uma progressiva piora das condições da economia.
Além disso, insistiu em que tanto essa compra quanto a do Countrywide - que também se encontrava à beira da falência- "provarão ser duas das melhores aquisições que fizemos, se formos julgados depois de dois ou três anos, e não de dois ou três meses".
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