Créditos: A Nova Ordem Mundial
Pelo menos 24 casos e três mortes foram confirmadas na última semana.
Como é inverno no hemisfério norte, aumento da contaminação era previsível.
Uma onda de casos da gripe aviária H7N9 na China e de mortes associadas à doença desde o começo de 2014 mostra que é preciso vigilância constante contra cepas gripais emergentes, do contrário o mundo estará sujeito a uma letal pandemia.
Pelo menos 24 casos da gripe H7N9 e três mortes foram confirmadas na última semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que representa um dramático aumento em relação aos dois casos e uma morte registrados entre junho e setembro, época do verão boreal.
"Há agora uma clara segunda onda desse vírus", disse Jake Dunning, pesquisador do Imperial College, de Londres, que monitora o surto.
Como é inverno no hemisfério norte, o aumento no número de contaminações era previsível, mas a difusão da doença também eleva o risco de que o vírus esteja passando por uma mutação que lhe permita em breve ser transmitido de uma pessoa para outra.
Até agora, os casos registrados estão associados principalmente ao manuseio de aves doentes, mas ele já demonstra uma capacidade limitada --mas mesmo assim preocupante-- de transmissão entre pessoas.
Em dezembro, no entanto, pesquisadores dos EUA disseram que o vírus ainda precisaria passar por várias mutações antes de adquirir a capacidade de passar facilmente de um paciente humano para outro.
Também no mês passado, outro estudo apontou uma alarmante mutação que garante resistência ao vírus contra os tratamentos mais comuns, sem que isso limite sua capacidade de difusão entre mamíferos.
A cepa H7N9 surgiu em março do ano passado e já contaminou 170 pessoas na China, Taiwan e Hong Kong, matando cerca de 50 delas.
Gregory Hartl, porta-voz da OMS, disse que a agência está atenta à difusão da doença nas últimas semanas, mas que "até agora não vimos nada que nos leve a mudar nossa avaliação".
A atual posição da OMS, com base em um documento de 20 de dezembro, é de que cinco pequenos núcleos familiares foram apontados como difusores da doença, mas que "não há indícios que atualmente amparem uma transmissão sustentada entre humanos".
"A atual probabilidade de uma difusão dentro de uma comunidade... é considerada baixa", diz o texto.
China contabiliza 47 casos de gripe aviária H7N9, afirma agência da ONU
Organização Mundial de Saúde apontou 23 novos casos em comunicado.
Cepa H7N9 surgiu em março passado e até agora infectou 199 no país.
Outras 23 pessoas foram infectadas com a cepa H7N9 da gripe aviária nos últimos dias na China, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda (20), somando-se a pelo menos 24 novos casos da última semana e confirmando um novo surto de vírus.
Entre os novos casos, registrados em diferentes províncias da China, está o de um homem de 38 anos que morreu em 9 de janeiro e o de uma menina de 5 anos da província de Guangdong, que ficou doente no dia 14 deste mês e está com quadro estável no hospital.
Muitos dos outros novos doentes estavam em estado grave ou gravíssimo em hospitais, afirmou a OMS. Vários deles relataram recente exposição a frangos ou a mercados de aves, mas a agência da ONU disse que a fonte de infecção ainda estava sob investigação.
O vírus da gripe aviária H7N9 surgiu em março do ano passado e, até agora, infectou pelo menos 199 pessoas na China, em Taiwan e em Hong Kong, matando 52 delas, de acordo com uma atualização do porta-voz da organização, Gregory Hartl.
Transmissão é investigada
Vários casos de pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram relatados na China, mas a OMS reiterou nesta segunda-feira que "até o momento, não há evidências de transmissão sustentada de humano para humano".
Hartl disse na semana passada que a agência de saúde havia notado o recente aumento rápido das infecções por H7N9 em humanos e estava atenta. "Até agora não vimos nada que nos leve a alterar a nossa avaliação de risco", disse. A avaliação da é de que "a atual probabilidade de propagação entre a comunidade... é considerada baixa".
Especialistas dizem que a temporada de gripe de inverno do Hemisfério Norte é, provavelmente, a principal responsável pelo aumento significativo no número de casos de infecção pelo H7N9 em humanos nas últimas semanas, depois de ter caído para quase nada em julho e agosto de 2013.
Mas alertaram que as autoridades de saúde pública e os médicos devem estar atentos para quaisquer sinais de que o vírus, que circula de forma mais ampla, possa estar se adaptando ou sofrendo mutação para se tornar facilmente transmissível entre pessoas.
Fonte: Gripe Aviária H7N9 Avança na China - "O Início de Outra Falsa Pandemia?"
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