domingo, 19 de setembro de 2010

Artigo: EUA: 9,9 bilhões por dia para financiar o Estado

Créditos de: Inacreditável

Ontem (13/09/2010 - NR), o Monthly Treasury Statement, relatório sobre o orçamento público dos EUA, concernente ao mês de agosto 2010, apresentou um déficit público de 90,526 bilhões de dólares, contra 103,555 bilhões do ano passado. O orçamento público norte-americano está deficitário há 23 meses e mesmo a ligeira melhora de agosto representa uma mudança insignificante da situação.



As receitas (azul) e as despesas (vermelho) do orçamento público da União desde o ano fiscal 1949/1950. Para 2010, os dados dos primeiros 11 meses foram extrapolados para 12 meses. No meio da década de 70, a “tesoura” entre receitas e despesas se separou mais ainda, quase se cruzando na Era Clinton, para então crescer acentuadamente a partir daí.


Apesar da melhora do déficit público em agosto de 2010, a situação continua dramática:



A dimensão que alcançou o déficit público torna-se clara no gráfico. Os EUA encontram-se numa situação muito delicada devido à crise financeira e econômica. A arrecadação de impostos situaram-se em agosto a 163,998 bilhões de dólares e cobrem apenas 64,43% das despesas da União, as quais registraram 254,524 bilhões. Considerando parte do ano fiscal de 2009/2010, desde outubro de 2009 até agosto de 2010, as receitas acumuladas somam-se 1,916539 trilhões de dólares e cobrem também apenas 60,34% das despesas acumuladas em 3,176136 bilhões de dólares do governo de Washington!


Esta é a versão imperial dos países PIIGS, caracterizados por um insustentável déficit de orçamento e produção!


O total do déficit público norte-americano (Total Public Debt Outstanding) das esferas federais, estaduais e municipais, totaliza a 31 de agosto de 2010, cerca de 13,5 trilhões de dólares!



A totalidade de endividamento federal explícito situou ao final do ano fiscal 2008/2009 (setembro 2009) em 11,91 trilhões de dólares! A 31 de agosto de 2010, em 13,45 trilhões! Ainda a 30 de setembro de 2000, ela estava a 5,67 trilhões de dólares!


Uma desenfreada função exponencial do endividamento público dos EUA


De outubro até agosto 2009/2010, o novo endividamento aumentou em US$ 1,54 trilhões e situou-se com isso bastante próximo do recorde de 1,64 trilhões de novas dívidas para o período equivalente de 2008/2009!


O limite legal para a dívida foi elevado pelo congresso a 12 de fevereiro de 2010, de US$ 12,39 trilhões para US$ 14,29 trilhões.



Juros médios de somente 3,076% foram considerados em agosto 2010 para financiar a pirâmide de dívidas do país, contra 3,132 no mês anterior, 3,36% em agosto 2009, 4,36% em agosto 2008 e 5,029% em agosto 2007! Este é o único motivo porque os serviços de juros do Estado permanecem baixo apesar da dívida explosiva!


Os juros baixos para os Títulos do Tesouro norte-americano são um claro sinal para o fracasso do mercado e manipulações. O risco crescente de um devedor que cresce exponencialmente é “recompensado” com baixa taxa de juros. Quando chegar o dia dos juros aumentarem devido à liquidação dos Títulos do Tesouro dos EUA, o Estado será pressionado diante do desabamento da pirâmide de dívidas.


Os EUA não precisam financiar seu déficit público apenas com o capital do estrangeiro, mas também seu déficit nas contas correntes! Em média, nos últimos 12 meses os EUA precisaram diariamente cerca de 5,8 bilhões de dólares para financiar os gêmeos deficitários: Orçamento da União e Contas Correntes!


E enquanto isso, o ouro vai abrindo caminho firme e forte, batendo novos recordes: US$ 1.274/onça.



Ontem a cotação do ouro bateu mais um recorde histórico


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O governo mundial de fato da atualidade

"As 60 nações aqui listadas estão endividadas com a astronômica cifra de aproximadamente 30 trilhões de dólares, o que na média representa mais da metade do PIB e em relação à população, cada recém-nascido já nasce com uma dívida média de 10 mil dólares. A uma taxa de juros de apenas 5% resulta anualmente a soma de 1,5 trilhões de dólares em juros. Uma soma que não pode ser mais gerada economicamente, mas que deve ser refinanciada através de novos endividamentos."

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